terça-feira, 14 de outubro de 2014

Atividade III

Olá, bom dia!!!!

Nesta semana, quero que vocês reflitam sobre a  afirmação do apresentador do programa "Observatório da imprensa", o qual diz que, no Liceu português, investe-se na correção do idioma, fala ainda que a gramática é uma ferramenta que torna a comunicação mais efetiva. 
Com base em suas leituras, defenda e disserte sobre seu ponto de vista quanto a esta questão.
Até mais, bom trabalho!


OBS.: Poste, seu texto, como comentário desta publicação.

5 comentários:

  1. Reflexão acima da afirmação do apresentador Alberto Dines
    É notório ao decurso do programa que o apresentador Alberto Dines faz uma ampla abordagem a respeito do Liceu português, fazendo uma indireta comparação do português de Portugal com o português do Brasil, aonde isto nos remete a pensar no ramo econômico dos países citados. Esta perspectiva socioeconômica dos países em questão nos mostra que o investimento em educação em Portugal é extremamente distinto do que presenciamos no Brasil, pois em nosso país, segundo pesquisas de cunho educacional mostram que ainda está muito baixo o rendimento em educação. Sendo que, os governantes sabem que através da educação melhora-se o desenvolvimento, mas faz-se pouca questão no quesito investimento em melhorar a educação brasileira.
    Por esta razão e outras mais que a língua portuguesa de Portugal e do Brasil apresentam uma grande distinção na fala e escrita, que em Portugal vê-se uma ínfima distância ente a escrita e a fala, mas no Brasil há uma enorme distância entre as duas. E podemos dizer que, em Portugal é muito rígido o ensino da norma-padrão e os alunos frequentam mais assiduamente o ensino da norma culta. Já no Brasil, não é tão rígido o ensino do português padrão, e também os alunos ficam um tempo muito curto no estabelecimento de ensino. Além disso, referente ao Brasil, vê-se claramente que nem todos tem acesso a esta regalia de ensino, pois ainda há nos dias atuais a diferença de classes sociais. E isso só terá finalidade quando quebrar a ideia de hierarquias que ainda existe, sendo assim, chegaremos a uma consolidação.
    Segundo a perspectiva de Marcos Bagno, em Portugal a norma-padrão baseia-se na fala dos portugueses e isso torna-se benéfico para eles, pois a gramática normativa é baseada na fala de Portugal, sendo assim, isso torna a fala deles mais próxima o possível da linguagem culta ou padrão. Já no Brasil segundo Bagno, isto é muito dificultoso, pois ainda não existe uma gramatica normativa brasileira na qual os indivíduos possam se espelhar para manter o vínculo da fala e da escrita o mais próximo possível, pois quando houver, será mais perceptível e próximo à relação entre o saber culto e a fala deste saber padrão.
    Em virtude dos aspectos que abrangemos acima, é de suma importância ressaltar que para termos uma consolidação entre o saber da escrita com o da fala, faz-se necessário termos uma gramática normativa brasileira. Também é de suma importância reporta-se ao modo de reivindicar por um melhor ensino melhor da língua portuguesa em nossa nação, também fazer a quebra das hierarquias ainda existentes, para que possamos chegar a um ensino de qualidade em todos os aspectos, mostrando para o mundo que não somos apenas frutos de dominação, mas sim uma sociedade igualitária que possui fins próprios.

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  2. Entre a Gramática Normativa e a Sociolinguística há um grande impasse. De um lado há aqueles que defendem o uso “correto” da língua, baseada em regras gramaticais e acordos linguísticos pré-estabelecidos; do outro, um grupo de estudiosos que acreditam que a língua possui um enorme conjunto de variantes, sendo, portanto, válido qualquer forma de falar. Até mesmo a maneira “errada”. Durante o programa “Observatório de Imprensa”, fica muito claro o contraste entre essas duas vertentes. Enquanto Deonísio da Silva e Sérgio Nogueira apresentam uma visão voltada para a Gramática Normativa, Marcos Bagno se direciona para os estudos da Sociolinguística.
    No decorrer do programa, o apresentador Alberto Dines afirma: “Os portugueses falam o mesmo idioma, mas a distância do falar e do escrever é quase inexistente, mesmo nas camadas populares. É que na escola, ou no Liceu português, investe-se na correção do idioma, porque lá a gramática é vista como ferramenta para tornar a comunicação mais efetiva.” Podemos concluir a partir desta afirmação que, para os portugueses, a Gramática Normativa é de extrema importância, não apenas para a escrita, mas também para que haja compreensão entre os falantes da língua. Ou seja, ao interferir-se na Gramática Normativa durante um diálogo interfere-se instantaneamente no entendimento do ouvinte. Alberto Dines confirma essa teoria com o seguinte excerto: ‘Os livro’ não fere apenas a concordância, fere a compreensão.
    Após nossos estudos, chegamos à conclusão de que não há nenhum problema entre a convivência dessas duas vertentes dentro de uma língua. Tanto a Gramática Normativa quanto a Sociolinguística apresentam pontos a serem levados em consideração. Embora as regras gramaticais sejam importantes, não podemos fingir que as variantes linguísticas não existem e simplesmente deixa-las de lado. Mas é claro: dependendo da situação, é necessário falar “corretamente”, seja em entrevistas de emprego ou durante a apresentação de um jornal. Defendemos aqui que deve haver uma conscientização sobre o uso das variantes linguísticas, de forma que se dissemine a ideia de que não há problema algum com falar “errado” e que as diferentes formas da fala nos ajudam a explicar a sociedade na qual vivemos.

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  4. No contexto social percebe-se que a linguagem coloquial é predominante em ocasiões corriqueiras, onde seu uso é totalmente aceitável. Pode-se inferir que os mesmos falantes desse tipo de linguagem informal submetam-se ao uso da norma padrão em determinados espaços em que tal se torne imprescindível, como por exemplo: um ambiente de trabalho que estipule esse critério, uma conversa com autoridades, um tribunal, etc. Dessa maneira percebemos que um mesmo falante pode fazer uso de duas formas de linguagem, em que ele adapta-se ao que o ambiente lhe requer.
    É fato que a gramática é algo imposto ao falante, ou seja, ninguém nasce aprendendo a falar a norma culta, é necessário para isso um processo de aprendizagem contínua, para que se mantenha um padrão que facilite a comunicação. Porém, essa norma só será compreendida por pessoas que estiverem aptas, ou seja, pessoas que a estudaram e obtiverem o devido domínio. Pelo contrário, a linguagem informal é compreendida por todos, pois se trata de um conhecimento de raiz extraído do meio em que se desenvolveu o amadurecimento do falante, sendo sua primeira língua.
    O apresentador defende que na escola e no liceu português investe-se na correção do idioma e que a gramática é uma ferramenta que torna a comunicação mais efetiva, ressalta também que todos os brasileiros falam a mesma língua, mas o português falado distancia-se do português escrito, mas a realidade é que o nosso idioma não precisa necessariamente de uma correção, seria muito mais fácil dizer que a norma padrão é uma nova forma de linguagem importante para que o aluno possa se inserir em outro campo de conhecimento.
    Portanto, as linguagens padrão e não-padrão tem o poder de comunicação, entretanto a gramática ainda não é uma ferramenta acessível a todos, então não terá como ser clara para os que não a conhecem.

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  5. É inegável a importância da Gramática Normativa e da Sociolinguística para o processo de comunicação entre os indivíduos. No entanto, entre as duas, existem pontos divergentes a serem considerados para análise de tal questão. E durante a discursão no programa “Observatório de Imprensa”, nota-se que as divergências entre essas duas correntes ficaram bem claras. Enquanto Dionísio da Silva e Sérgio Nogueira apresentam perspectivas voltadas para a Gramática Normativa, baseadas em regras e pressupostos teóricos, Marcos Bagno baseia-se no universo da sociolinguística e tenta mostrar que, no português do Brasil, existem inúmeras variações a serem consideras.
    A priori, é preciso considerar que a questão da Gramática Normativa versus Sociolinguística, pois é comum notarmos em enunciados, como por exemplo “O menino ama” e “Ama menino o”, uma grande diferença. Enquanto o primeiro tem sentindo totalmente compreensível, o segundo é considerado incorreto gramaticalmente. Entretanto, quando se tem a expressão “Os livros”, pronunciada por alguém com certo nível de escolaridade e conhecimentos sobre o “certo” e “errado” e “os livro”(citado pelo apresentador Alberto Dines), pronunciado por um indivíduo com pouca escolaridade e poucos conhecimentos, nota-se diferenças, certamente, causadas pelo meio, visto que o contexto em que foi expresso o primeiro excerto permite que o falante saiba sobre regras de concordância, já o segundo não. E, embora tenhamos, segundo a visão gramatical, um “erro” na produção do segundo enunciado que fere a concordância, o sentido, para nós, permanece inalterado, posto que entenderíamos que o sujeito refere-se a vários livros tanto no primeiro quanto no segundo caso.
    Diante disso, notamos que os estudos da sociolinguística e os estudos da gramática normativa estão relacionados entre si, de modo que as regras gramaticais assumem um papel de suma importância para a construção de enunciados coerentes. Ademais, é notável que as variações, também, são instrumentos de grande importância. Portanto, é indispensável percebermos que a Gramática Normativa promove, de fato, uma comunicação mais efetiva, mas em certos limites, bem como infere na existência das variações linguísticas, pois o conjunto de regras permite a existência das variações. Dessa forma, é preciso considerar a coexistência dessas duas vertentes, não deixando de lado a análise situacional para o emprego do “certo” e “errado”. Assim, será possível entender que a língua é um verdadeiro arco-íris de variações e regras gramaticais.

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